(Rafael Oliveira - Blog do Rafael) Há 50 anos era erguida no cerrado do Planalto Central a maior cidade planejada da história do Brasil: Brasília.
Mas Brasília chega aos seus 50 anos ainda em meio as lágrimas. Um ex-governador que pouco fez ao governo e desviou dinheiro público da cidade. Um outro governador que o sucedeu e começou muitas obras que não foram finalizadas, enquanto dezenas de arrastões políticos aconteciam por baixo das cortinas do parlamento brasiliense. Uma triste realidade que começou já no broto da cidade. Para a construção da cidade houve o maior desvio de dinheiro da história do país. A cidade que fora construída por um presidente acusado de corrupção desde a época de quando era governador de Minas Gerais. Uma ferida não cicatrizada e que tornou-se uma grande doença. Um câncer que manchava a cidade e as dores que foram sentidas por toda uma nação.
Hoje, o dinheiro fora escondido na meia e não nos projetos que a cidade merecia. E na população de esperança que nela crescia.
A bela cidade com os traços de Lucio Costa e Oscar Niemeyer, hoje sofre com o descaso de 50 anos de governo. Uma cidade inchada com 2,7 milhões de habitantes e uma periferia ainda mais inchada. A esperança de um futuro fora apenas uma utopia.
Engarrafamentos de manhã em todos os cantos da cidade e a falta de estrutura somente agora começam a ser analisadas. O Palácio do Planalto passa por sua primeira reforma em cinco décadas.
Cinco obras que tinha promessa para ser concluídas até Abril deste ano para a comemoração do cinquentenário, shows que entrariam para a história. Nenhum destes presentes recebidos e concretizados.
Uma cidade que cresceu e boa parte da sua população já nascera aqui. A cidade ganhou status de metrópole e tornou-se símbolo do interior do Brasil com belos edifícios e shoppings. Porém o ar de metrópole também trouxe suas mazelas: Poluição do ar, uma cidade que não aguenta mais um carro a mais em suas ruas, engarrafamentos, violência, transporte público saturado, entre outros. Certos delitos que cresceram tanto em seu interior são maiores do que os registrados no sudente do país.
Este é um ano de eleição. Um ano de esperança. Um ano que podemos construir um novo futuro. Onde os brasilienses irão para as urnas e escolherão mais do que um novo governador, mas um homem que adote ao DF e leve a cidade a altura que sua população merece
Texto escrito e postado por Rafael Oliveira, 26 de Abril de 2010
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