Para EUA, Brasília é vulnerável a ataques, diz jornal citando WikiLeaks


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Um suposto telegrama da embaixada dos Estados Unidos divulgado pelo site WikiLeaks diz que o espaço aéreo de Brasília é vulnerável a ataques terroristas, segundo reportagem deste domingo (12) do jornal “Folha de S.Paulo”. Procurado pelo G1, o Ministério da Defesa não comentou o caso.

O telegrama teria sido produzido em março do ano passado, depois que um pequeno avião de passageiros foi roubado em Luziânia (GO), a cerca de 50 km de Brasília. O avião, um monomotor, caiu em um shopping center de Goiânia, matando o piloto e a filha dele, de 5 anos.

De acordo com a reportagem, o episódio teria motivado a correspondência diplomática entre a embaixada e o governo dos EUA sobre a eficácia da Lei do Abate brasileira, aprovada em 1998, mas só regulamentada em 2004.


O telegrama questionava os procedimentos da Força Aérea para aplicação da lei, que depende de autorização presidencial para efetuar disparos em uma aeronave que esteja sobrevoando espaço aéreo não autorizado.

“[O caso] Iluminou uma vulnerabilidade para ações com potencial terrorista, dado que a decisão [de atirar] não teria sido tomada a tempo de impedir o piloto se ele tivesse condições de jogar seu avião em um alvo, ou outro prédio, inclusive em Brasília”, diz trecho do despacho reproduzido pelo jornal.

O avião roubado em Luziânia foi acompanhado por um Tucano da Força Aérea Brasileira (FAB), que passava relatos sobre a conduta do piloto. “A FAB acertou. Não havia a possibilidade de abate. A conduta foi correta”, disse o ministro Nelson Jobim na época.


Logo após o roubo do avião, o Ministério da Defesa chegou a considerar a possibilidade de um atentando terrorista. O comando da Aeronáutica determinou a decolagem de um Mirage 2000, que saiu de Anápolis (GO) em direção a Brasília (DF), já que a principal missão desse tipo de caça é proteger a capital do país.

Já em voo, o radar do Mirage localizou o monomotor roubado e a direção que ele seguia. Mesmo depois de a hipótese de atentado terrorista ter sido descartada, o Mirage continuou sobrevoando Brasília para garantir a segurança da capital. A Aeronáutica enviou uma segunda aeronave – oTucano, que tem velocidade semelhante à do monomotor –, para acompanhar seu trajeto. O Tucano escoltou o monomotor até a queda.

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